Dois dos principais navegadores do mundo, o Chrome e o Firefox, chegarão em breve a um marco importante: as suas centésimas versões. No caso do browser do Google, a versão 100 deverá ser lançada no dia 29 de março; já para a Mozilla, a data esperada é 3 de maio. Muito legal, não?
Bom… talvez não para alguns sites: de acordo com o Bleeping Computer, um pequeno número de páginas da web — algumas delas bem populares — poderá apresentar problemas nas centésimas versões dos navegadores, incluindo falhas completas de carregamento.
Mas por que isso poderá acontecer, especificamente? A razão talvez seja um pouco mais inusitada do que você pode imaginar: pela falta de um padrão que oriente esse tipo de captura, alguns sites simplesmente não estão preparados para lidar com três dígitos ao capturar a versão do navegador no string chamado user-agent
. Isto é, browsers de versões 99.X passam incólumes nessas páginas, mas aqueles que fizerem o salto para as versões 100.x poderão sofrer com problemas.
No ano passado, a Mozilla fez um experimento para analisar como a centésima versão do Firefox afetaria a navegação dos usuários e notou que alguns sites deveras populares, como HBO GO (agora, Max), Yahoo e Bethesda, apresentaram problemas — desde erros de renderização e análise até mensagens de “navegador não suportado”.
Qual a solução, então? Bom, o mais importante é que desenvolvedores e webmasters chequem os seus sites para corrigir possíveis falhas antes da chegada das versões 100 dos navegadores. Google e Mozilla, entretanto, já estão traçando planos alternativos — como usar a sobreposição de códigos para evitar problemas (“simulando” versões anteriores dos browsers, por exemplo) ou mesmo congelar os números de versão em 99 nos strings em questão até segunda ordem.
O fato é que, assim como o famigerado bug do milênio, a “crise dos 100” provavelmente não lhe afetará tanto assim — de qualquer forma, fica aqui o aviso caso você note algum comportamento estranho em determinados sites nos próximos meses.
Bruno Santana Estudante de Jornalismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), hiperbólico, apaixonado por cinema e por referências a todo o universo da cultura pop. Quer mudar o mundo, mas ainda não sabe qual app faz isso. Iniciado no mundo da Maçã por um velho iPod shuffle de primeira geração (que ainda funciona), trabalha hoje com um MacBook Air, modelo 2019.